Parlamento aprova medidas de apoio e mitigação do impacto dos incêndios rurais

Proposta do Governo, que contou com o apoio de todas as bancadas parlamentares, altera um decreto-lei de 24 de agosto, que já definia um conjunto de medidas para apoiar as pessoas afetadas, acrescentando três medidas que careciam de aprovação parlamentar

Executive Digest com Lusa
Setembro 19, 2025
14:27

O Parlamento aprovou hoje, por unanimidade, a proposta de lei do Governo que estabelece medidas de apoio e mitigação do impacto de incêndios rurais e um projeto de lei do PCP que reforça as medidas urgentes de apoio às vítimas.

A proposta do Governo, que contou com o apoio de todas as bancadas parlamentares, altera um decreto-lei de 24 de agosto, que já definia um conjunto de medidas para apoiar as pessoas afetadas, acrescentando três medidas que careciam de aprovação parlamentar.

Em causa estão a dispensa de autorização para a concessão de apoio e celebração de contrato entre as autarquias e as Comissões de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR), em casos específicos mencionados no decreto, a isenção de IVA para doações de rações, e a qualificação como urgência de determinados atos e contratos, isentando-os de visto prévio do Tribunal de Contas.

A Assembleia da República aprovou ainda um projeto de lei do PCP para reforçar medidas urgentes de apoio às vítimas dos incêndios, alterando o mesmo decreto-lei de 24 de agosto.

O diploma, que contou com o apoio do PS, Livre, PCP e JPP e a abstenção do PSD, Chega, IL, CDS-PP e PAN, contempla, entre outros, apoios à perda de rendimentos e outros apoios sociais, a alojamento temporário ou reconstrução de casas de segunda habitação, e também apoios a empresas e a medidas após o incêndio.

A oposição fez também aprovar dois projetos de resolução do PCP e do Livre que mereceram os votos contra do PSD e CDS-PP, sendo que a IL votou igualmente contra a iniciativa dos comunistas.

O PCP recomenda ao Governo que tome medidas para apoios aos afetados pelos incêndios e regularize pagamentos de faturas em dívida, enquanto o Livre defende medidas em relação às áreas ardidas, nomeadamente de estabilização.

Sobre o impacto dos incêndios rurais, foi ainda votado um projeto de lei do Livre que propunha rever a metodologia das ações de estabilização de emergência no pós-fogo.

O diploma, que estipulava, por exemplo, que a avaliação das ações necessárias fosse feita até 15 dias após o fogo, foi rejeitado, com os votos contra do PSD e CDS-PP e abstenção do Chega e IL.

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